sábado, 7 de abril de 2007

RUINAS




No poema do Manoel de Barros esta escrito Ruina, eu foi quem tomou a liberdade de pluralizar e posso explicar ou ao menos tentar...................
Na verdade minha primeira vontade de hoje era postar fotos, so fotos....
mas como fui dormir e acordei com o Manoel de Barros, inda por cima embalada por Vivaldi,e BACH.
ai entao resolvi postar o poema do Manoe de Barros na integra:
Um monge descabelado me disse no caminho:"Eu queria construir uma ruina.Embora eu saiba que uma ruina eh uma desconstruzao.Minha ideia era de fazer alguma coisa ao jeito de tapera.Alguma coisa que servisse para abrigar o abandono,como as taperas abrigam.Porque o abandono pode nao ser apenas de um homem debaixo da ponte, mas
pode ser tambem de um gato no beco ou de uma crianza presa num cubiculo.O abandono pode ser tambem de uma expressao que pode ter entrado para o arcaico ou mesmo de uma palavra.Uma palavra que esteja sem ninguem dentro.(O olho do monje estava perto de ser um canto).Continuou :digamos a palavra AMOR.A palavra amor esta quase vazia.Nao tem gente dentro dela.Queria construir uma ruina para a palavra amor.Talvez ela renascesse das ruinas, como um lirio pode nascer de um montouro."E o monge se calou descabelado.
As ruinas de que penso estao nas minhas fotos e nas lembrancas da minha imaginazao!

Nenhum comentário:

este eh um diario atraves de imagens. a cronologia nunca sera a mesma. ele tanto pode estar no passado como no presente mas sempre com o futuro como meta, como se fosse O OLHO REAL.