Este eh o gato Caillou, o gato da minha Sofia, ele adora beber agua na torneira pingando, as vezes ele fica ate sem querer beber a agua dele na propria vasilhinha para ir numa torneira morto de sede.
O Caillou me faz lembra meu tio-avoh, tio da minha mae, que morreu com 96 anos e nunca viu agua escorrer por uma torneira.Tambem nunca viu uma lampada eletrica.
Este meu tio avo era chamado de Meninao, por ter nascido muito grande e quando crian;ca tambem era sempre mais alto do que os outros da mesma idade.O nome dele era Francisco, mas nunca foi chamado por ninguem por este nome; alem de ter nascido grande nasceu surdo e consequentemente foi mudo a vida inteira.Ele tambem nunca dormiu numa cama, dizia por gestos, claro, que cama era ''coisa de mulher'', dormiu na rede ate o dia da sua morte , 96 anos de muitas estripulias.Nunca casou pois a minha avo que tomava conta dele, dizia que se casasse a mulher ia faze-lo de corno....assim foi um celibatario
pura maldade de minha avo.ele morreu primeiro do que minha avo.
Quando nos eramos criancas e iamos passar as ferias la na fazenda no CARIRI DA PARAIBA,era ele quem cuidava de fazer nossos brinquedos ; tudo de madeira:
cavalo de pau,
gangorra
pau de sebo
cachimbos (que nos fumavamos cha mate, escondido)
escorregador
balanzos
e nao podiamos fazer cara feia para ele, pois se fizessemos ., ele fazia
ou minha mae ou minha avo bater na gente com aquele rebenque de bater em cavalos e ficava rindo com a gente chorando.
Na epoca de Sao Joao, sempre iamos passar as festas por la, comer milho verde assado na fogueira, milho cozido , tudo feito no fogao de lenha,cangica , pamonhas e soltar fogos.
A noite na hora de soltar os fogos ele sempre dava um jeito de pegar sapos CURURUS, da beira do azude e botava um tissao de fogo na bunda dele para ve-lo pular na escuridao , e ficava rindo da agonia do bicho se queimando e pulando.E nao tinha ninguem que o impedisse de fazer tal coisa, ele era alto e forte, tinha barba grande ,
ele
tambem gostava de fazer as cercas bem altas com as escadas altas e ficar olhando as mulheres com as latas dagua na cabeca tentando passar de um lado para o outro, nem as gravidas escapava dele.Tenho que dizer que no CARIRI
da Paraiba as vezes ficava anos sem chover, e tinham que pegar agua nos azudes dos fazendeiros mais abastados ou em pequenos pozos artesianos,
que em geral so havia nas fazendas maiores, como era o caso da minha avo.
A historia dele mais marcante era sempre narrada por minha mae, que ja ouviu da mae dela:
_Quando ele tinha 20 anos era ele quem ia na cidade proxima(Cabaceiras), buscar a feira de estiva da semana. a feira das coisas que nao se produzia na fazenda,tipo, farinha de mesa,acucar preto, rapadura,fumo de rolo, (pois todos fumavam cachimbo),e sei la mais o que.....contece que numa dests idas dele a cidade,deram cachaca para ele, ficou embriagado e nao voltou para casa (a fazenda ficava a 18 kms da cidade).e meu bisavo preocupado, no fim da tarde vai ver o que aconteceu e encontrou-o totalemnte bebado fazendo macacaquices e todos rindo em volta,,
simplesmente meu bisavo deu uma surra tao grande nele com o rebenque de bater em cavalos, na frente de todo mundo que nunca mais ele voltou a cidade, so morto, para ser enterrado, e foi entrerrado dentro de uma rede, sem caixao, como era o costume deles.AOS 96 ANOS!
eu adorava este meu tio avo!
segunda-feira, 12 de março de 2007
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este eh um diario atraves de imagens. a cronologia nunca sera a mesma. ele tanto pode estar no passado como no presente mas sempre com o futuro como meta, como se fosse O OLHO REAL.
3 comentários:
E você nunca comentou nada sobre ele pra gente.
Que historia legal.
Adorei!
rsrsrsrsrsrsrsr
Ah, meu gato chicao tbem so bebia agua corrente, de torneira, eu nem colocava pote de agua q nao adiantava nada. lindoooooo
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